

A experiência psicodélica existe há muito tempo, talvez tanto tempo quanto existe o homem. Talvez até mais. O uso de plantas contendo alcaloides e diterpenos psicoativos transcende a nossa contagem do tempo. Indícios encontrados por antropólogos e outros mais nos remetem a um passado muito distante, um passado onde podemos encontrar civilizações e impérios com sua cultura baseada em torno da experiência psicodélica.
O uso de cogumelos contendo Psilocibina e Muscimol, de plantas contendo DMT, Harmalina, Salvinorina A, de cactos contendo Mescalina, de sementes contendo Ácido Lisérgico, são uma tradição milenar que por muito tempo foi completamente apagada e esquecida pelos ocidentais. Grande parte dessas plantas e organismos são originários do “novo mundo” o que talvez explique um pouco o atraso ocidental-europeu em relação as experiências psicodélicas. Uma das primeiras coisas a serem reprimidas como coisa do demônio pelos colonizadores europeus foram os rituais xamânicos que se valiam do uso de substâncias psicodélicas. Os estados alterados de consciência nunca foram vistos com bons olhos pela igreja. A igreja trocou a experiência espiritual pela descrição da espiritualidade e reprimiu todas as formas e atalhos de se atingir estados místicos que não fossem via seus dogmas.
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